Sargento Garcia





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A professora Elizabeth ensina Matemática. Apesar de o assunto parecer refratário para a maioria, ela conquista os alunos que assistem às suas aulas utilizando os materiais didáticos e a sua paixão pela matéria. Em alguns momentos, eles permanecem tão compenetrados e em profunda reverência, que apenas por perguntas pertinentes de evidente interesse o silêncio será quebrado. Frequentemente, ela usa exemplos do cotidiano para que eles identifiquem as questões matemáticas nas experimentações da vida diária.

Outro professor, que é conhecido entre os alunos pelo cognome “Sargento Garcia”, depara-se com a desordem da classe: à surdina, borrachas são atiradas, pedaços de giz são jogados ao alto, aviõezinhos de papel alçam vôos e aterrizam. Tudo acontece durante as aulas, sem que ele consiga pegar o responsável. Recorrências à sua fala de tom monocórdico e uma resposta da classe à dispersão e ao desinteresse. Ele não possui segurança no conteúdo da sua matéria. Não há segurança porque não estuda, porque não ama. Os resultados recaem sobre os alunos. Das suas aulas, pouco é conhecido do conteúdo, a não ser que ele explica e poucos aprendem.

Esses dois momentos podem existir em uma mesma classe, porque o que os torna mais diferentes não é o espaço físico, mas a qualidade das aulas. Ambas afetam, mas de forma absolutamente dissimilar. Com efeito, ainda que ocupem o mesmo espaço, poderão formar educandos com qualidades frontalmente opostas em razão da atuação docente. Na primeira situação, os alunos são apresentados a conteúdos matemáticos, sem que sejam desconvidados a pensar. Aprendem a amar a matemática porque descobriram o prazer nas suas reflexões lógicas que se encontram com o empirismo do dia-a-dia. Descobrem saberes palpáveis em seu mundo e não saberes intangíveis de outro planeta.

Em razão do conhecimento prévio do conteúdo, o professor possui o domínio da matéria e, por conseguinte, sabe como promover o aprendizado dos seus alunos. Entretanto, além disso, ele ama o que faz. O seu amor provoca o amor da classe, como resultado, há interação entre os atores da escola e descobertas que provocam o prazer de ensinar e de aprender.





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felipe

05/02/2010 - 08:54:30

maneiro!