Aprendizagem, linguagem e novas tecnologias





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A resistência ao advento de uma nova forma de linguagem é histórica. Foi assim com a oralidade e a escrita, com a escrita e a imprensa da era Gutenberg. A cultura do livro não se desenvolveu sem os obstáculos, as violências e mesmo as excomunhões, as quais assistimos quando falamos das mídias atuais. Alguns se posicionaram contrário prevendo uma era de decadência, ao mesmo tempo em que outros eram favoráveis. Não poderia ser diferente com aa Novas tecnologias de Informação e Comunicação.

A leitura e a escrita são os primeiros esforços do ser humano na Escola a fim de atender aos imperativos da civilização. Para um processo de identificação eficaz, o método de aprendizagem de uma linguagem deve partir do indivíduo. Assim ocorre com as Mídias, mas nem sempre com a Escola.

Observemos como jovens e adolescentes se organizam em tribos no mundo da web. Partindo de signos comuns, recriam os significados da língua, impondo a supremacia da linguagem informal sobre a formal, alavancada pela revolução tecnológica.

Não se escreve mais “cara” e sim “kra”; “legal”, mas “lgl”; “também”, mas “tbm”; “beleza”, mas “blz”, dentre outras formas desse novo glossário da língua. A partir dos modismos comuns e da necessidade da comunicação imediata, a palavra escrita tem se moldado às características das comunidades da cibercultura com a supressão das vogais (como nos primórdios da civilização), numa comunicação com signos próprios que dão pertencimento ao aprendente da geração pós-moderna.

Os jovens vivem numa sociedade digital e ensiná-los o uso das dimensões expressivas dos meios de comunicação é praticar cidadania. Hoje, qualquer um de nós pode tirar fotos ou fazer vídeos com o celular e disponibilizá-los na internet. As novas tecnologias reverteram o quadro de consumirmos e assimilarmos apenas conteúdos já prontos. E a Escola? Ainda continuará a trabalhar apenas com os conteúdos já formatados? Os jovens ensinam Vygotsky quando aprendem em sociedade. As mudanças tecnológicas inserem-se em nosso dia-a-dia. A Escola não pode ficar desatenta, mas compreender as habilidades e os movimentos de aprendizagem do seus alunos que demandam novas maneiras de ensinar.





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